Luciano Bergamaschi/CBFS Liga Futsal tem média de 0,33 cartão vermelho por jogo |
O presidente do STJD, Francisco Carlos Tolstoi Silveira de Alfeu, fez questão de ressaltar que o STJD se estruturou para atender à demanda gerada pela Liga Futsal, que tem decorridos 74 dias desde seu início, com 159 jogos e 52 cartões vermelhos – média de 0,33 expulsões por partida, até o momento. “Foi montada toda uma estrutura para atender a demanda deste tipo de competição”, destacou o jurista.
Confira abaixo a entrevista do presidente do STJD da CBFS, Francisco Carlos Tolstoi Silveira de Alfeu:
Como o STJD se estruturou para julgar a demanda gerada pela Liga Futsal?
Antigamente, como ninguém julgava as ocorrências geradas pela Liga Futsal, foi montada toda uma estrutura para atender a demanda deste tipo de competição. O primeiro passo foi a criação de duas comissões disciplinares, que são os órgãos que julgam em primeira instância. A par disto, nós temos uma equipe com procuradores e advogados de ofício, que fazem, respectivamente, a parte da denúncia e a defesa dos denunciados.
Como o senhor avalia essa mudança gerada pelo novo Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que desde o ano passado determina o fim das medidas disciplinares automáticas, como ocorria, até então na Liga Futsal, para que as comissões disciplinares passassem a avaliar as ocorrências de ordem disciplinar?
É um avanço o que dispõe o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), e, na prática, funcionará da seguinte maneira: suponhamos que um jogador ‘A’ tenha sido expulso em duas ocasiões. Ele cumprirá suspensão por uma partida, por força do regulamento, e na segunda expulsão ele terá de cumprir duas partidas, por conta do mesmo regulamento. Se no primeiro julgamento ele for apenado em duas partidas e no segundo julgamento ele for punido em quatro partidas, serão deduzidas as três que ele já cumpriu em decorrência dos dispositivos do regulamento.
Quando teremos os primeiros resultados divulgados?
Creio que em meados da próxima semana já tenhamos o conhecimento dos resultados dos primeiros julgamentos. O grande problema é que a competição tem uma marcha muito célere, e a demanda de expulsões é muito grande. Para tudo isto ser equacionado é necessário que haja tempo, até que a engrenagem pegue o ritmo da competição, já que além da Liga Futsal, temos também a obrigação de julgar os casos da Liga Futsal Feminina e dos demais campeonatos organizados pela CBFS, que por ventura venham a ser realizados.
Estamos nos esforçando para julgar determinado tipo de competição, que não julgávamos, até então. Como tal, a coisa demanda um certo tempo para que engrene e flua com naturalidade, mas logo, no mais tardar na próxima semana devemos ter os primeiros resultados de julgamentos.
Como o senhor avalia as ocorrências disciplinares da Liga Futsal 2011, até o momento?
Não podemos deixar de lado o fato de o futsal ser um esporte em que o espaço é muito curto, diminuto, e, naturalmente, os choques e as jogadas de força tendem a ocorrer com maior frequência, porém não devemos deixar de dizer, que, em se tratando de Liga Futsal, temos a elite dos atletas, de arbitragem, de auxiliares de cronometragem e etc, então, por este lado, nós analisamos que deve haver um contrapeso às constantes expulsões.
Pelo que eu tenho visto até agora, a coisa tem se comportado dentro da normalidade, não tivemos ainda uma ocorrência de muita gravidade. São ações corriqueiras, que vem acontecendo e acontecem em qualquer competição salonista.
